domingo, 25 de setembro de 2011

RETOMA O CAMINHO DO SENHOR

Quão belas as palavras do Salmo nesta liturgia do XXVI Domingo Comum, dizia-nos assim: “Mostrai-me ó Senhor vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada” (Sl 25). No longo caminhar na jornada de nossas vidas, enfrentamos caminhos  com obstáculos, com barreiras que nos impedem de caminhar com passos firmes rumo ao fim, à felicidade almejada, somos marcados por inúmeras fraquezas e debilidades, fruto do pecado, como negação da bondade, do amor, da misericórdia de Deus, ou seja, rejeitamos Deus, abandonamos as suas veredas, para andarmos por caminhos que aparentemente parecem fáceis, mas que na verdade se revelam como dificílimos.
Deus nos colocou neste mundo para peregrinarmos, lutarmos com nossas forças, com ardor incontido rumo ao ponto alto, o cume da Vida bem-aventurada. Este caminho é marcado subidas e descidas, por altos e baixos, é um caminho de cruz, e calvário, mas que é via de glória, de salvação. Quando pecamos abandonamos este caminho de felicidade verdadeira para andarmos num caminho de facilidades, mas que tão logo, se torna para nós uma condução ao abismo da morte.
O caminho que o Senhor Deus nos propôs é marcado por vitórias e derrotas, aquele que segue a Jesus deve fazer de sua vida uma via-sacra, uma via dolorosa, mas que no fim termina sempre no alto, assim como Cristo, no alto do calvário quando seus braços abertos abraçavam o mundo, céus e terra se uniam e o penhor da glória, da vitória se erguia sobre o universo inteiro, a glória de Cristo passaria pela dor, assim deve ser nossa vida, tudo suportar, qualquer adversidade, por Cristo, Ele me leva para o céu, me une a Deus, por isso, fomos feitos para o alto, quando andamos nas veredas do Senhor, vivendo no amor e na justiça, na caridade, o caminho se torna plano e reto.
No longo caminho de nossas vidas, respondemos ao chamado de Deus para o seguirmos, damos sim e muitas vezes fraquejamos ou simplesmente nos acovardamos por vermos o que teremos de enfrentar e o que é de fato o caminho de Deus, e acabamos recusando o apelo de Deus, respondemos não, negamos, rejeitamos o convite de Deus.
Sempre que pecamos, nós rejeitamos caminhar com o Senhor, seguindo as suas pegadas, imitando-o, pois este é o sentido de segui-lo, o negamos, abandonamos o bem para praticar a maldade, ou seja, tomamos e damos um novo rumo nas nossas vidas, como o filho que saiu da casa de seu pai, experimentou de tudo, esbanjou seus bens, suas posses, em felicidades passageiras, depois ao cair na realidade de seu estado existencial, percebeu que deveria dar um novo rumo e outro sentido à sua vida, decidiu, pois, voltar.
O pecado nos afasta de Deus, deveremos ter a coragem de não nos conformarmos com a vida medíocre de pecado, mas nos arrependermos e retornarmos por outro caminho, voltar ao caminho que nos leva ao aconchego paterno de Deus, no qual podemos repousar nosso coração num coração cheio de ternura e compaixão. Converter-se é mudar de caminho, é ter dito não (pecando), mas arrepender-se e dizer sim (conversão); o Senhor reconduz ao bom caminho os pecadores, desde que estes se arrependam.
Nunca é tarde para quem quer se converter, Deus está a nos esperar, com as portas de seu coração sempre abertas para nos acolher, ele espera ansiosamente o pecador, pois deseja arrancá-lo das trevas do erro.
Diz-nos o salmista: “O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas”, ele se lembra de nós porque sua bondade é infinita seu amor nos ultrapassa, nos constrange. Isso é tão verdade que ao nosso não, Deus respondeu-nos com um sim fiel, frente a infidelidade da humanidade. Deus enviou o seu Filho que sendo Deus se fez homem, não se apegou a sua divindade, esvaziou-se por inteiro, fazendo-se um de nós foi obediente ao extremo até entregar a própria vida pela salvação do mundo.
Uma das grandes mazelas dos seres humanos é deixar-se levar pelo orgulho, nos achamos grandes de mais, edificamos pedestrais na vida, nos achamos melhores que os outros, queremos pisar e humilhar o nosso próximo, daí decorre a prepotência, por isso nos damos tão mal, porque quando caímos, pela altura, o tombo é sempre mais doloroso. O Senhor nos convida a termos os mesmos sentimentos de Cristo, ou seja, humildade, fazer-se pequeno, pobre, ínfimo, para que ele nos exalte, pois na dinâmica de Deus quem se humilha é exaltado.
Andar nos caminhos de Deus é o bem que devemos procurar e nos esforçar para viver, sem  temer as dificuldades, dizendo um sim constante e permitindo que o sim cresça e se torne sólido, se cairmos tenhamos sempre a coragem de nos erguermos e prosseguir a caminhado; e se nos desviarmos dos caminhos de Deus, que estejamos sempre com o coração aberto para nos arrependermos e retomarmos o caminho o Senhor que é plano e reto.     

Nenhum comentário:

Postar um comentário