quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Cálice de nossa alegria

Podeis beber o cálice que eu vou beber? que pergunta desconcertante Jesus fez aos dois apóstolos Tiago e João, quando eles pediram para sentar um a direita e outro à esquerda de Jesus na glória; primeiro temos que entender o que significar beber o cálice? beber o cálice, indica entergar-se livremente para viver todo o mistério da Paixão, todo drama da cruz, Jesus ali estava próximo de adentrar em Jeerusale´m para enfrentar o padecimento da cruz, numa entrega amorosa e livre por amor dos seus, dando-lhes a salvação, a vida que um dia todos haviam perdido, ele que não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate por muitos; é mister sermos cônscios que para beber este cálice não é fácil, até o próprio Jesus o temeu, basta que recordemos as suas palavras no horto das oliveiras: "Pai se é possível, afasta de mim, este cálice". Neste cálice estava todo pecado, toda miséria humana, toda repulsa de Deus, era o cálice da ira divina. Todavia, Jesus o bebeu por inteiro, e sem reservas; pois bem, esta pergunta de Jesus deve pairar em nossos corações, pq se é verdade que todos nós queremos experimentar a vida Bem- aventurada, a eternidade o céu, é mais verdade ainda que somente passando pela cruz e carregando-a é que subiremos à morada do Pai, não podemos ter medo de enfrentar as dores e sofrimentos da vida, deveremos com coragem entregar a nossa vida em sacrifício com Cristo ao Pai, oferecendo nossos corpos como sacrifício espiritual. temos que exprimentar este cálice que muiats vezes pode ser alegre, ams também triste, este cálice é o nosso sofrimntos, dores e tristezas, ams tenhamos a coragem de tomá-lo por inteiro, pois só assim, experimentaremos do Vinho novo da Salvação no banquete do Divino Cordeiro, que prepara para nós na Jerusalém celeste um cálice de felicidade sem fim.
termino com as sábias palavras do Pe. Henry Nowen no seu livro intitulado: podeis beber o cálice? diz-nos ele: "para qualquer um que tiver a coragem de entrar no fundo de nossos sofrimentos humanos, há uma revelação de alegria, escondida como uma pedra preciosa na parede de uma caverna escura".
 

sábado, 7 de julho de 2012

Jesus, o Messias e Profeta de Deus

Como é belo o evangelho deste domingo, quero saborear convosco algumas pequenas delícias da santa palavra de Deus. tomemos o texto:


Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam.
2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres realizados por suas mãos?  3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?”
 E ficaram escandalizados por causa dele.  4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”.  5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados da redondeza, ensinando.


O texto evangélico nos mostra Jesus percorrendo os caminhos da história, e indo à Nazaré, a sua terra natal; ao chegar lá, como todo bom judeu no dia de sábado vai à Sinagoga para rezar ao Senhor Deus, e como era costume todo homem adulto com a autorização do chefe da sinagoga poderia fazer a leitura e depois explica-la, geralmente o texto que se lia eram dois, um da Lei e outro dos profetas. Certo que ao passo que Jesus ensinava, a multidão  se enchia de admiração, diz-nos o texto: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres realizados por suas mãos?  . Uma pergunta paira sobre o nosso coração: o que Jesus ensinava àquele povo? Que palavras eram essas que causavam tamanha admiração? Quem nos revela é o Evangelista Lucas ao descrever este evangelho, vejamos o que ele nos diz: “Foi-lhe entregue o livro do profeta isaías; desenrolou-o, encontrando o lugar onde está escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação dos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor. Enrolou o livro, entregou-o ao servente sentou-se. Todos na sinagoga olhavam-no atentos. Então começou a dizer: Hoje se cumpriu aos ouvidos essa passagem da Escritura. Todos testemunhavam a seu respeito, e admiravam-se das palavras cheias de graça que saíam de sua boca”. (Lc 4,16-22)

Jesus ao pronunciar estas santas palavras proféticas e ao emprega-las a si, se apresenta como o verdadeiro Profeta e Messias de Deus, enviado para salvar toda a raça de Israel, é ele que vem libertar o povo de suas dores e sofrimentos, vem dar-lhes a esperança e a fortaleza de coração, vem curar as feridas abertas pelas angústias e derrotas da vida. O povo admirado, maravilhado ao ouvir Jesus falar com tão grande vigor estas palavras divinas, ao se apresentar como o Senhor e salvador daquele povo; entretanto, logo o seu povo se questiona porque conhece quem Jesus é, e não acredita que ele seja capaz de tão grande feito, de ser o Enviado de Deus, o povo não vê em Jesus um homem de Deus, o profeta de Deus, ou melhor, o próprio Deus que vem fazer história na história sofrida do povo, por isso o povo diz: Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele.


O povo sabia toda a procedência de Jesus, ele é um simples, humilde e pobre filho de um carpinteiro, não seria possível que Deus escolhesse alguém tão vil e rude como o Salvador e Libertador da humanidade; o povo e este é também o nosso pensamento, imagina sempre um Deus grande, onipotente, todo-poderoso, guerreiro, forte e majestoso que vem para destruir os inimigos que nos perseguem; todavia, Deus sendo grande se faz pequeno, sendo forte faz-se fraco, sendo rico se faz pobre; é desta forma que Deus se revela a nós, para nos mostrar que Ele derruba dos tronos os que se acham poderosos, soberbos, orgulhosos, e que é na fraqueza que se revela a sua força, que é sendo fraco que Ele é forte.

 Deus se nos revela desta forma para nos convidar também a termos um coração humilde, pobre, simples, vazio de nossas pretensões e cheio da graça de Deus.  Este Evangelho nos faz entender e corrigir a imagem errada que temos de Deus, cuidado, Deus não é uma coisinha que caiba na nossa cabeça, Ele é grande demais para se estabelecer em nossos pensamentos mesquinhos, nos acostumamos com tantas coisas pretenciosas que acabamos por não perceber a presença de Deus em nosso meio, muitas vezes somos tão íntimos dele, mas não o conhecemos.

Jesus, olha para aquele povo que se encontrava escandalizado e diz: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. Primeiro que tudo, Jesus reitera quem ele é, e qual a sua missão: Ele é o Profeta de Deus, no sentido de ter sido o enviado do Pai, ungido na força do Espírito santo para trazer a salvação à humanidade, suas palavras não vem de nenhum homem, nem de Belzebu, nem do diabo, suas palavras vem de Deus, porque Ele mesmo é a Palavra de Deus, fala daquilo que ele mesmo recebeu.

Queridos irmão não nos deixemos levar pela incredulidade, peçamos ao Senhor Deus uma fé renovada, um coração simples e humilde para que assim venhamos a conhecer Deus como Ele é, e o sigamos de coração sincero, sempre prontos a ser também profetas de Deus, enviados para anunciar a Palavra de Salvação em toda a nossa vida.


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Não afundarei,o Senhor está comigo

A Pouco lia o pequeno trecho do Evangelho de S. Mateus, mais precisamente, o Capítulo 14,22-33, é o relato da caminhada de Jesus sobre as águas; todos nós certamente já vimos e ouvimos este pequeno trecho, onde na escuridão da madrugada e no meio do mar bravio o barco em que os discípulos estavam começou a ser agitado pelas ondas, em virtude de ventos contrários que eram muito fortes; Jesus tinha fica em terra em mais um de seus íntimos momentos de oração, e de repente percebendo que a barca dos discípulos já estava muito distante da terra, foi ao encontro dos discípulos caminhando sobre o mar bravio, quando os discípulos viram aquele homem que caminhava pelas águas, algo que seria impossível aos olhos humanos, ficaram assustados, com muito medo, pensando que era um fantasma,  e certamente a escuridão os impediu de reconhecer que era Jesus. Todavia, Jesus acalma o coração de cada um deles, com estas palavras: “tende confiança, sou eu, não tenhais medo”. Só que a atitude dos discípulos, o medo que os assolava, fez com que eles ainda não acreditassem que era verdadeiramente Jesus, a ponto de Pedro o porta-voz dos discípulos pedir a Jesus: “Senhor, se és tu, manda que eu vá ao teu encontro sobre as águas”. E Jesus prontamente disse a Pedro: Vem! Pedro foi andando por sobre as águas, mas quando viu o vento e as ondas fortes, começou a ter medo, e a afundar, e logo, gritou a Jesus: Senhor Salva-me! O Senhor estendeu-lhe a mão e o segurou, e o repreendeu: Homem de pouca fé porque duvidaste.

Algumas coisas me chamam a atenção neste Evangelho e me fazem entender nele a dinâmica de nossa vida, primeiro nossa vida é como este mar muitas vezes agitada por ondas e ventos fortes que são os problemas e dificuldades da vida, que fazem com que vivamos uma noite de escuridão, e nestas noites marcadas pela dor e sofrimento, o Senhor Deus não nos abandona, porque Ele é fiel e está sempre conosco, e vem em auxílio às nossas dores e problemas, ele passa por cima deles porque é Deus e não um homem, assim como foi ao encontro dos discípulos caminhando por sobre o mar bravio. O problema é que a escuridão de nossos medos, sofrimentos, problemas nos impedem de  ver a presença deste Jesus, ora nós caminhamos com Ele, o conhecemos, Ele vem a nós, e nós não o reconhecemos ou até mesmo duvidamos de sua presença. É isso queridos irmãos nossas dificuldades que embravecem o mar da vida, são limitadas como nós porque só Deus é eterno, e achamos que tudo está perdido, como se elas fossem maiores do que o nosso Deus e Salvador, ficamos como os discípulos com medo, achamos que Deus é um desconhecido, um fantasma.

Entretanto, Deus acalma a nossa dor, nossos sofrimentos e medos, por meio de sinais simples, Ele nos diz: “tende confiança, sou eu, não tenhais medo”, eu estou contigo, não há motivo para desanimares. Porém, ainda duvidamos da presença do Senhor como Pedro, que pediu uma prova ao Senhor para vê se era ele mesmo, ou se ele estava ali para encorajar, fortalecer e livrar os discípulos daquele medo. Que tristeza, que mesquinhez, que orgulho, que falta de fé, dizemos que cremos em Deus, mas não o suficiente para nos abandonar por inteiro em suas mãos e saber que em meio aos tormentos da vida, Ele está conosco. Corremos o grande risco de mesmo na caminhada da vida com Deus, nós ainda duvidarmos de sua presença conosco, mesmo diante dos sofrimentos, tristezas, angústias da vida, começamos a afundar pela nossa falta de fé em Deus. Fé é adesão, entrega, abandono, é dar-se por inteiro a Deus e deixar com ele dirija nosso caminhar.

Por isso Pedro começou a afundar, e assim somos nós quando ainda duvidamos de que o Senhor está conosco, de que Ele nos ajuda a vencer nossos medos, problemas, dificuldades. Mas o bom é que o Senhor não nos trata como exigem as nossas faltas, assim como Ele estendeu a mão e segurou Pedro para que ele não viesse a afundar naquele mar tempestuoso, ele também nos segura pela mão, nos agarra para não afundarmos nas dificuldades da vida, porque Ele nos ama.

Precisamos ter mais fé, e acreditar que Jesus é verdadeiramente Deus, Ele pode tudo, até mesmo aquilo que é impossível para nós; que mesmo nas dificuldades da vida, sejamos capazes de tudo suportar com a fé firme e a esperança renovada, crendo que Jesus está conosco, a nos amparar. Ele é o nome que salva, é o nome que tem poder, que diante dele nos prostremos e o adoremos como fizeram os discípulos: “verdadeiramente, tu és o Filho de Deus”.