Queridos
e amados Filhos e filhas da Igreja
“Por entre
aclamações, Deus (Jesus) se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta”.
Hoje,
somos chamados a exultar de alegria, e a dirigirmos nossos olhos e corações
para o céu, para contemplarmos o glorioso mistério da Ascensão de Jesus. Depois
de quarenta dias aparecendo como Ressuscitado no meio dos seus discípulos,
Jesus volta ao Pai.
A
primeira Leitura e o Evangelho nos descrevem, este grandioso evento de nossa
salvação. Reparem que imagem belíssima: Jesus está diante de seus discípulos, e
agora é elevado à vista deles, de modo que “uma
nuvem envolve Jesus e os olhos dos discípulos”. Esta nuvem é sinal da
presença de Deus, deste modo, Jesus não está fazendo uma viagem em direção às
estrelas, mas está adentrando na morada de Deus, na casa do Pai. De modo que
Ele está sentado à direita do Pai, que não é um espaço físico, um trono ao lado
do Pai, mas indica que Ele está em comunhão com Deus Pai, participando de sua
glória e poder, como diz o salmista: “Ele é o Deus Altíssimo, o Soberano que
domina toda terra”. E isto é o que nos alegra, porque, do alto do céu, da
montanha do Pai, o Senhor está mais perto de nós, de lá Ele nos vê por inteiro,
vai vendo os caminhos de nossa vida, para onde estamos indo, e quando o barco
de nossa vida quer afundar, pelas agitações do mar bravio da vida, ele vem para
nos socorrer.
Depois,
quando Jesus está subindo aos céus, ele
estende as suas mãos e vai abençoando os discípulos, a sua Igreja. Este
gesto de Jesus é simples, mas ao mesmo tempo belo e profundo. Estas mãos
estendidas que abençoam a sua Igreja, revela que eternamente elas são o teto, o
abrigo, o refúgio de nossa vida, elas até hoje continuam estendidas sobre o
mundo, sobre cada um de nós. E como é bom saber que em quando veem sobre nós
tempestades de sofrimento, dor, angústia, aflição, as mãos do Senhor estão
estendidas sobre nós para nos protege. Esta certeza tocou a vida dos
discípulos, e por isso, a partida de Jesus do meio deles não foi causa de
tristeza, mas de alegria, porque Jesus agora estava mais próximo deles.
Por
fim, “esse Jesus que foi levado para o
céu, virá do mesmo modo, que o vimos partir”. Este mistério da ascensão
toca profundamente a vida de todos nós. Vejam, Jesus que havia descido do céu
para assumir a fraqueza de nossa humanidade, vindo ao encontro de cada um de
nós, ovelhas perdidas no caminho da vida e feridas pelo pecado, nos resgatou em
sua morte e ressurreição, e hoje sobe aos céus, levando em seu corpo glorioso a
vida de cada um de nós. Ele subiu hoje aos céus como Cabeça da Igreja, e foi
preparar para nós, membros de seu corpo um lugar, a nossa verdadeira morada, o
que nos alegra é que Ele depois voltará, e tomará cada um de nós em seus braços
e nos fará descansar em seu regaço de amor, nos tornando participantes de sua
glória. Louvado seja, Nosso Senhor Jesus Cristo.