Caros irmãos e irmãs em Cristo Jesus,
o Deus de nossa salvação
A liturgia deste 9º Domingo do tempo
Comum, nos convida a contemplarmos Deus, que manifesta o seu amor e o seu poder,
na vida daqueles que tem fé, quer sejam cristãos ou pagãos.
E nesta Liturgia vemos um pagão,
estrangeiro, que cheio de fé recorre ao Senhor Jesus, porque o reconhece como o
Deus que tem poder. Este Pagão era um centurião, chefe de uma legião de 100 soldados,
certamente um homem autoritário, duro, mandão, mas que hoje se revela com uma Humildade extraordinária, primeiro na compaixão que tem pelo seu
servo, vendo-o como um amigo que ama muito e não como um empregado. Depois, sua humildade se revela, quando ele
se acha impotente, fraco diante do sofrimento deste empregado que ele amava
muito e que estava à beira da morte. Por fim, a Humildade deste centurião se
mostra admirável, porque ele, se achando
impotente, reconhece que o único que pode ajuda-lo é Jesus. Ele sabe que
este nome tem poder, é o Deus que cura, salva e liberta, ele sabe que sua
palavra é viva e eficaz. Ele sabe que este homem é o Deus Salvador. Por isso,
não teme em procurá-lo, todavia, ele se achando indigno de ir até o Mestre Jesus,
porque é um pagão, e, por conseguinte, manifesta o seu desejo por meio de
outros.
Jesus também, revela de sua parte uma atitude
humilde, Ele sendo judeu, não hesita em ir à casa de um pagão, pelo contrário,
porque, Ele é o Deus que veio trazer a salvação a todos que o procuram de
coração sincero, vai também manifestar o seu poder e seu amor na vida daqueles
que ainda não fazem parte de seu povo. Esta atitude de Jesus revela o amor que
Deus tem para com todos, um amor que não encontra barreiras para ser derramado
na vida daqueles que o procuram. De fato, o amor é a única coisa que tira a
liberdade de Deus, tornando-o nosso escravo, porque Ele tem sede de nosso
coração.
Quando Jesus estava se dirigindo à
casa do Centurião, eis que este homem nos dá mais uma prova de sua humildade,
agora revelada na sua fé. Eis que ele demonstra uma fé humilde e sincera. Ele
mandou alguns amigos irem até Jesus e dizer: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha
casa. Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena
com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado”.
Amados irmãos e irmãs, que humildade
deste homem! Que fé! Que absoluta confiança! Que abandono! Que Temor a Deus!
Ele se acha pequeno, indigno, diante de Deus, mas ao mesmo tempo confia em
Deus, no poder que ele tem, na força de sua palavra que cura porque é cheia do
Espírito Santo. O Centurião com muita fé, colocou a vida de seu empregado nas
mãos de Jesus. A fé deste homem causou admiração em Jesus, tocou o coração do Senhor,
de modo que, o Senhor mesmo à distância curou aquele empregado, porque “Deus dá
a sua graça aos humildes”.
Que a humildade e a fé deste centurião
sirva de modelo para cada um de nós, de em toda a nossa vida nos momentos
alegres e tristes, nos confiarmos nas mãos de Deus, na sua graça, na sua
misericórdia, de nos reconhecermos pequenos, pobres, mendigos de seu amor, de
nos pormos diante dele como indignos, apresentando-o nossas misérias e
deixando-nos tocar pela sua misericórdia. Daqui a pouco o Senhor na Eucaristia
virá até nós, à nossa casa interior, e repitamos com muito amor as mesmas
palavras do Centurião: “Senhor eu não sou digno de que entres em minha morada,
mas dizei uma palavra e eu serei salvo,
serei curado”. Louvado Seja, nosso Senhor Jesus Cristo.