Amados irmãos e irmãs em Cristo
A Liturgia deste 6º Domingo Comum, nos
convida a ver na Lei de Deus, o verdadeiro meio eficaz que nos conduz à vida
feliz.
Já na primeira leitura, o autor do
livro do Eclesiástico, exortava aos judeus de seu tempo, a perceberem qual era
o verdadeiro caminho a ser seguido para ser feliz e viver bem, uma vez que eles
estavam sendo seduzidos a abandonar a fé de Israel e a buscar a felicidade
seguindo os deuses pagãos.
Assim, o autor sagrado dizia: “Se quiserdes observar os mandamentos,
eles te guardarão, se confias em Deus, tu viverás”. Vejam, se o povo observasse os mandamentos de
Deus, a sua Lei, se deixando orientar por eles, e fosse se confiando inteiramente
a Deus, nele estaria, pois a verdadeira felicidade. Todavia, Deus deu ao homem
a liberdade, Ele não o prende, de modo que o homem é livre em seguir o caminho
de Deus ou não. Por isso que o autor sagrado continuava a dizer: “Diante do homem está à vida e a morte,
ele receberá aquilo que preferir”. Portanto, eu sou feliz à medida que eu
observo os mandamentos do Senhor e neles encontro vida, ao passo que eu não os
observo eu vou experimentando a infelicidade e a morte.
No Evangelho que é ainda uma
continuação do grande sermão da montanha, Jesus mostra aos seus discípulos a
importância da Lei para a vida do povo santo de Deus, ou melhor, Jesus dá aos
seus discípulos a Nova Lei, pois se outrora no monte Sinai, Moisés recebeu de
Deus a lei para o Povo. Jesus, o Novo Moisés do monte das bem aventuranças dá
ao novo povo, o novo Israel, a Nova Lei. De fato, a Vinda do Messias deveria
trazer a revelação de finitiva da lei, por isso que Jesus diz: “Eu não vim abolir a Lei, mas dar pleno
cumprimento”. O Que Jesus queria dizer com esta afirmação?
Vejam, primeiro que tudo, Ele não veio
para abolir a Lei, porque em si ela é de suma importância para o caminho de
Israel, ela foi dom de divino, sinal da aliança de amor, de fidelidade entre
Deus e seu povo amado e eleito. Porém, em Jesus a lei encontra o seu verdadeiro
sentido de ser; vejam, em Jesus agindo e vivendo na força do Espírito Santo, Ele
revela que a Plenitude da Lei é o amor
que em obediência ele vive com o Pai. Esta atitude de Jesus revela também que a
Lei não é um conjunto de normas, preceitos, proibições, chegando a ser um fardo
para o povo. A Lei é na verdade uma adesão, um sim, uma entrega de amor da vida
do Povo a Deus. Portanto, podemos entender que o cumprimento, a “plenitude da
lei é o amor”. Sendo assim, observar os mandamentos é na verdade amar o próprio
Deus e amando-o, devo amar à sua imagem e semelhança que é o próximo.
Por isso, em Cristo, na força de seu
Espírito de amor, derramado em nossos corações, amo a Deus e observo os seus
mandamentos e neles encontro a verdadeira vida e a felicidade verdadeira, e
deste modo me torno grande no Reino dos céus, ou seja, feliz, Bem-aventurado.
Peçamos, pois a Deus a graça de sermos
sempre iluminados pela misteriosa sabedoria de seu Espírito, para que
caminhando nas estradas de nossa vida, guardemos em nossos corações a Lei do Senhor,
para sermos felizes em plenitude.
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